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Bahá’ísmo (Fé Bahá’í) |
| Movimento religioso fundado pelo nobre persa Bahá’u’lláh (1817-1892), inspirado nas ideias de Mírzá Ali (1819-1850), o Báb (= Porta “Aberta às Verdades Divinas”), morto com seus discípulos pelas autoridades muçulmanas por interpretar fora da letra o Alcorão, recusar o fundamentalismo religioso, admitir como verdadeiras todas as religiões reveladas (especialmente o Judaísmo, Cristianismo e Islamismo) e anunciar ter chegado o momento duma religião universal (Babismo). Bahá’u’llah (cognome de Mírzá Husayn’Alí), também perseguido e longamente exilado, interpretou e divulgou as ideias de Báb através da pregação e de muitos escritos. Seu filho e neto continuaram a sua obra e estruturaram o B., imprimindo-lhe um forte dinamismo proselitista. Propõe como verdades um só Deus, único e transcendente, a criação sem princípio nem fim, destino eterno da alma humana, igual dignidade de todos os homens e mulheres, vocação de todos ao bom entendimento e mútuo auxílio, respeito pela vida, pela natureza e pela família, promoção da paz e do bem comum universal na actual hora da mundialização. O B. não admite sacerdócio nem sacramentos. O Centro Mundial do Bahá’ísmo encontra-se em Haifa (cidade costeira do Norte da Palestina), onde se encontram os túmulos dos fundadores e está sediada a “Casa Universal da Justiça”, órgão supremo de defesa e promoção da Fé Bahá’í. Há órgãos semelhantes de âmbito nacional e local. Estimam-se em 6 milhões os fiéis Bahá’ís no mundo. Em Portugal, depois de inícios difíceis em 1926, a primeira assembleia local (Lisboa) data de 1946. Em 1975, a Comunidade Bahá’í de Portugal foi oficialmente reconhecida e conta com alguns milhares de fiéis, em cerca de 150 comunidades. (V. Religiões, Ed. Paulinas, 2006). |
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