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Salmos, Livro dos (Sl) |
Neste livro do AT, coleccionam-se cânticos de louvor a Deus e de oração meditativa, que foram sendo compostos e usados no culto divino ao longo de dois mil anos. O número dos Salmos variou até se fixar em 150, na Bíblia hebraica, passando para a tradução grega dos Setenta e latina da Vulgata. Há uma ligeira diferença na sua ordenação, pelo facto de alguns dos Sl.s terem sido divididos. Assim, na numeração das antigas traduções portuguesas feitas a partir da Vulgata e adoptada nos actuais livros litúrgicos, os Sl.s 9 a 147 têm um número a menos que nas modernas traduções feitas a partir da Bíblia hebraica. São vários os géneros literários, por vezes encontrando-se mais que um no mesmo Sl. É costume classificá-los em Salmos de louvor ou hinos, Salmos de oração individual, Salmos de oração comunitária, Salmos messiânicos e Salmos sapienciais. A sua extensão varia muito, desde o mais curto (116/117), apenas com 2 versículos, até ao mais extenso (118/119) do elogio da lei, com 176 versículos (22 estrofes, conforme as letras do alfabeto hebraico, de 8 versículos cada). A Igreja herdou da liturgia hebraica o uso dos Sl.s na sua oração comunitária, e hoje eles formam, com vários cânticos do AT e do NT, a estrutura do *Ofício Divino ou *Liturgia das Horas, marcando ainda forte presença na Missa e noutras celebrações. Dada a sua origem e história, o seu uso consciente implica, como frisou o Conc. Vat. II (SC 90), uma atenta instrução litúrgica e bíblica (cf. IGLH 100-109). |
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