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saúde, pastoral da |
À semelhança de J. C., a Igreja, desde os seus primórdios, tem mostrado grande solicitude para com os doentes e, em geral, para com os que sofrem no corpo ou na alma, consciente de que o *sofrimento atinge o homem no mais profundo da sua pessoa, raiando pelo mistério, cujo sentido só se vislumbra à luz da fé cristã. Além de proclamar o dever de praticar as obras de misericórdia, pelas quais seremos julgados (Mt 25,31-46), a Igreja, ao longo dos séculos, tem promovido a pastoral dos doentes, consoante as necessidades, as possibilidades e os conhecimentos de cada época. Basta pensar na diversidade de instituições fundadas e nas pessoas, nomeadamente de religiosos/as, destinadas a cuidar dos enfermos. Nos últimos tempos têm sido muito rápidos os progressos nas áreas da medicina, dos serviços sanitários e da saúde pública, levantando frequentemente problemas éticos delicados. Para enfrentar esta problemática, João Paulo II, pelo Motu proprio Dolentium hominum (11.2.1985), instituiu a Comissão Pontifícia da Pastoral da Saúde, que, pela Const. Ap. Pastor bonus (28.6. 1988), elevou à categoria de Conselho Pontifício. Com estes gestos, a Igreja alargou a sua atenção ao mundo das circunstâncias da vida humana, passando da tradicional pastoral dos doentes para a nova pastoral da saúde. Trata-se dum sector especializado da pastoral geral que visa, não só o cuidado com os doentes físicos e mentais, mas ainda a assistência aos profissionais da saúde e o pronunciamento oportuno à luz do direito natural e dos valores cristãos sobre os progressos científicos e a legislação dos povos em matéria de saúde e de respeito pela vida e dignidade humanas. Em Portugal, a CEP acordou com o Estado a regulamentação das capelanias hospitalares (1980), nomeou o primeiro capelão coordenador nacional (1982) e criou a Comissão Nacional da Pastoral da Saúde (1988). Esta estrutura compreende cinco departamentos: Capelães hospitalares; Profissionais da saúde; Voluntários; Paróquias; Formação. As dioceses têm, em geral, um órgão dinamizador e coordenador da pastoral da saúde. Esta pastoral concretiza-se em numerosas acções de âmbito nacional, regional e local, com celebrações como a do Dia do Doente (11 de Fevereiro) e a mobilização de profissionais e de voluntários. V. doentes. |
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