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Senhor |
| 1. Traduzindo o gr. “kyrios”, é palavra que aparece várias vezes na Bíblia com o sentido comum de dono ou de forma de tratamento deferente. No entanto, as traduções gregas do AT empregam-na para traduzir o nome divino de *Javé, a ponto de se tornar também nome divino. Isto reflectiu-se no NT, que, sobretudo em S. Paulo, o aplica sistematicamente a J. C., na convicção da sua condição divina, como a do Pai e do Espírito Santo. A expressão “Jesus Cristo é Senhor”, que só pode ser dita por influxo do Espírito Santo (1Cor 12,3), tornou-se fórmula de profissão de fé. Ela passou para a tradição cristã até aos nossos dias na expressão corrente de “Nosso Senhor Jesus Cristo”, com que terminam as orações litúrgicas e com que o povo cristão se refere a Jesus. A manifestação decisiva do carácter “senhorial” ou divino de J. C. foi a sua ressurreição, ao revelar-se Senhor dos vivos e dos mortos. 2. A liturgia celebra várias solenidades e festas do Senhor. São, no Calendário Geral, além dos domingos do ano: as solenidades da Anunciação, do Natal, da Epifania, da Ressurreição, da Ascensão, do SS. Corpo e Sangue de Cristo, do Sagrado Coração de Jesus e de N.S.J.C. Rei do Universo; e as festas da Apresentação, do Baptismo, da Transfiguração, e da Exaltação da Santa Cruz, a que se podem acrescentar as da Dedicação da Basílica de Latrão e da Sagrada Família; e, no calendário litúrgico de Portugal, a das Cinco Chagas do Senhor. |
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