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suicídio |
É o atentado contra a própria vida. Moralmente é pecado contra o 5.º mandamento, uma vez que a vida é dom de Deus e quem a recebe dela tem de dar contas. O s. contraria a inclinação natural do ser humano para conservar a vida, ofende o amor que cada um deve ter a si mesmo, e quebra os laços de solidariedade com o próximo. Os casos mais frequentes de s. têm origem no desespero de quem perdeu o sentido e o gosto de viver ou enfrenta situações dramáticas, coincidindo em geral com o agravamento de estado de depressão física e psicológica. O chamado s. “altruísta”, por motivos bélicos, de protesto ou de afirmação personalista (kamikases, terroristas…), por se revestir de lucidez e provocar o que em moral se chama *escândalo, tem maior gravidade (Cat. 2280-2283). Há ainda os suicídios “colectivos”, ligados a movimentos de exaltação patriótica ou a grupos fundamentalistas manipulados por líderes carismáticos. De um modo geral, o s. é um acto tresloucado que dificilmente se explica sem pelo menos alguma perda de consciência da sua gravidade. A Igreja, que privava de sepultura eclesiástica os que deliberadamente se suicidavam, a menos que tivessem dado sinais de arrependimento antes de morrerem, suprimiu (em 1973) esta disposição canónica (antigo CDC 1241, 1,3), que já não figura no novo CDC. No entanto, persiste a irregularidade canónica para a ordenação dos que tenham atentado o s. (CDC 1041,5; 1044, 1). Na luta contra o s., em que se deve empenhar toda a sociedade, a Igreja propõe uma catequese sobre a vida e uma profilaxia social que liberte as pessoas, as famílias e a sociedade das circunstâncias que mais frequentemente levam ao s. |
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