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temor |
1. Sua moralidade. Temor ou *medo é a perturbação angustiosa provocada pela percepção dum perigo. Em si mesmo é uma reacção natural, indiferente do ponto de vista moral. As circunstâncias podem, porém, dar-lhe conotação moral. Assim: a) o chamado temor mundano, que não hesita em ofender a Deus para não enfrentar um perigo ou uma dificuldade, é moralmente condenável; b) o temor servil, de quem evita o pecado com medo das penas temporais ou eternas, embora imperfeito, é bom; c) o temor filial, de quem tudo faz para não ofender a Deus, é virtude exímia, que pressupõe especial intervenção divina. 2. O dom do temor. É um *dom do Espírito Santo que leva o fiel, como que por instinto sobrenatural, a submeter-se totalmente à vontade de Deus, evitando tudo o que possa ofender a sua excelência e santidade. Este dom aperfeiçoa directamente a virtude teologal da *esperança e indirectamente outras virtudes, como a da *temperança e da *humildade. São seus efeitos um grande horror ao pecado e um estado de profunda e humilde união a Deus. S. Tomás diz que lhe correspondem as *bem-aventuranças da pobreza espiritual e das lágrimas, dele derivando os *frutos do Espírito Santo da modéstia, continência e castidade. V. medo. |
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