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temperança |
Como *virtude cardeal é a virtude que modera a inclinação para o que dá prazer, dentro dos limites da razão iluminada pela fé. É seu campo próprio a sensibilidade, introduzindo ordem nas satisfações sensitivas ligadas ao tacto, ao comer e beber e à sexualidade. Para a t. contribuem o sentido da vergonha ou do *pudor (temor do que é torpe) e o da *honestidade (estima pelo decoroso). Nela radicam, além da *humildade, as virtudes morais da *abstinência (contenção na comida), da *sobriedade (contenção nas bebidas inebriantes) e da *virgindade (renúncia firme a todo o prazer venéreo); e ainda as da *continência (resistência aos ataques violentos da concupiscência), da *mansidão (domínio dos movimentos de ira), da *clemência (mitigação razoável do castigo devido), da *modéstia corporal (decoro nos gestos e movimentos do corpo), *modéstia no trajar (equilíbrio no vestir e adornar-se), da *estudiosidade (contenção na ânsia curiosa de saber) e da *eutrapélia (moderação nos jogos e divertimentos). A temperança é, por excelência, a virtude da moderação e do equilíbrio. É aperfeiçoada pelo dom do Espírito Santo do *temor de Deus, i.e., o instinto sobrenatural que leva a evitar tudo o que ofenda a reverência devida a Deus infinitamente bom e santo. |
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