Apresentação

Siglas e Abreviaturas

Sugestões


tempo (sentido cristão)
1. O que é. Tempo é a duração do que muda, do que está em movimento. Para que haja mo­vimento é necessário que um corpo ­material, impulsionado por uma força (ener­gia) se desloque no espaço. O tem­po começou no primeiro instante da *cria­­ção do mundo material e continua­rá até que ele exista. Deus, autor da cria­ção, porque é perfeito e imutável, não vive no tempo, mas na eternidade. Se criou quanto existe, não foi por necessidade nem por utilidade, mas por sua bondade irradiante. Criou o mundo sensível a pensar no homem, desejando ­introduzi-lo na sua intimidade e felicidade. 2. A criação. Deus não teve pres­sa. Se na emblemática narrativa do Gé­nesis criou o homem ao 5.º dia, depois de tudo o mais, a ciência moderna diz que a cria­ção começou há uns 15 a 20 mil mi­lhões de anos. Para isso, do nada concen­trou no primeiro ponto do espaço perdido na imensidão do vazio, toda a massa (ma­téria) hoje disseminada pelo número incontável de astros que enxa­meiam o Uni­verso, fazendo-a explodir (o célebre big-bang) pelo impulso de uma inima­gi­nável força energética. Nu­ma fracção mínima de segundo, partí­culas ínfimas de matéria, em obediência às leis físicas (atracção universal, inércia...) organi­za­ram-se em átomos (à ma­neira de pequeníssimos sistemas solares com electrões girando à volta dum núcleo). A sua aglomeração em molé­culas originou todos os corpos químicos que hoje formam a Terra e todos os ou­tros corpos celestes. Na sua infinita pro­vi­dên­cia, uma vez constituída a Terra, Deus envolveu-a em condições favorá­veis à for­mação, a partir da matéria, de seres vivos, plantas e animais, cada vez mais complexos, sendo de admitir um admi­rá­vel processo evolutivo por Ele co­man­dado. Preparou-se assim o ambien­te fa­vo­rável ao ser hu­mano, coroamento da criação sensível, que Deus distinguiu de todos os demais seres pela infusão de uma alma espiritual especialmente cria­da. Mais que isso, Deus elevou-os à or­dem sobrenatural, dan­do cumprimento ao projecto original a seu respeito. V. cria­ção. 3. O cris­tão e o tempo. Criado no tempo e sujeito à lei do tempo, o ho­mem está em perma­nente mudança e não dura eternamente neste mundo. Pela lei da vida é gerado, desenvolve-se, atinge a maturidade, en­ve­lhece e morre. Diz a ciên­cia que ele está gene­ticamente concebido para uma duração de cerca de 120 anos, raramente atingida devido aos muitos acidentes a que está sujeito. Ele tem mais ou menos cons­ciência de um passado, do presente e de um futu­ro. Se é cristão, sabe que o futuro tem para ele um termo, que não é de ani­qui­la­mento, mas de passagem do tempo para a eternidade; e sabe que o seu destino último depende da maneira como ao longo da vida tiver usado o seu tempo: para o bem ou para o mal. Sabe também que desde a origem, o pecado entrou no mun­do para sua perdição, mas também que o próprio Deus veio em sua ajuda, entran­do Ele mesmo no tempo, pela incarnação de seu Filho, a oferecer a salvação aos ho­mens de todos os tempos e lugares. E sabe ainda que é sua vo­ca­ção e seu dever de filho de Deus, traba­lhar pela sua sal­va­ção e pela dos irmãos, aproveitando bem o tempo limitado e precioso da sua vida. Disso lhe serão ­pedidas contas no juízo final.


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