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Teologia |
(Do gr. = tratado sobre Deus). O termo aparece na Antiguidade grega, passando para a romana, com o tríplice sentido mitológico, filosófico e cultural-público. Por isso, só tardiamente (pelo séc. IV) entrou na linguagem cristã como explanação racional do dado revelado. Sobretudo a partir de Sto. Agostinho surge a preocupação de aprofundar e formular em termos de razão aquilo em que pela fé se acredita. É isto que os teólogos têm feito ao longo dos séculos, distinguindo-se entre eles S. Tomás de Aquino. O Conc. Vat. II (OT 16) sintetizou a vocação da T. como a procura da inteligência dos mistérios da fé num clima de piedade e circunspecção, partindo do princípio da compatibilidade da verdade filosófica com a verdade revelada. O desenvolvimento da T. levou à sua especialização, consoante o seu objecto directo for a Encarnação (Cristologia), a Salvação (Soteriologia), a Igreja (Eclesiologia), a Mãe de Deus (Mariologia), os Actos humanos (T. Moral), a Acção da Igreja (T. Pastoral), etc. Perigo para que o magistério da Igreja está atento é o de uma T. reduzida a especulações filosóficas, esquecendo a obediência devida à fé. Mas, uma vez afastado este perigo, a investigação teológica e o ensino da T. são do maior interesse para a compreensão e correcta expressão das verdades da fé, sobretudo num mundo culturalmente evoluído. |
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