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caridade (virtude da) |
É a mais nobre de todas as *virtudes teologais; a única a permanecer para além da morte; é ela que informa todas as outras virtudes e mede o grau de santidade. Consiste no amor sobrenatural a Deus e a todos os que Deus ama, estejam ainda neste mundo ou já tenham partido dele, sejam amigos ou inimigos. Implica o dom de si mesmo, levando a uma certa identificação com o próprio Deus. A c. deve crescer constantemente ao longo da vida, mas para isso não basta a repetição de actos de amor (ditos remissivos), mas sim que eles sejam cada vez mais intensos. A c. perde-se com o pecado mortal, e com ele perde-se a vida da graça, perdem-se os méritos adquiridos e perde-se o direito ao Céu. A c. fraterna exprime-se nomeadamente nas obras de *misericórdia. São pecados contra a c.: o ódio, a inveja, a preguiça espiritual (acédia), a discórdia, as agressões físicas, verbais e psicológicas, a violência, o escândalo (indução dos outros ao pecado). A c. é aperfeiçoada pela sabedoria, o primeiro dos *dons do Espírito Santo, que, à maneira de instinto espiritual, faz apreciar rectamente e como que saborear a intimidade com Deus, levando o exercício desta virtude aos mais altos graus. A *bem-aventurança resultante deste exercício é a dos “obreiros da paz, que serão chamados filhos de Deus”; e os *frutos do Espírito Santo dele resultantes são a caridade (estado de), a alegria (ou gozo espiritual) e a paz. |
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