Apresentação

Siglas e Abreviaturas

Sugestões


carismas
1. O que são. Também ditos *gra­ças gratis datae, são graças con­ce­di­das por Deus que, mais do que à santificação pessoal, se destinam à edificação da Igreja, ao bem das pessoas e à satisfação das necessidades do mun­do. Há carismas que estão associados a minis­térios e estados (infalibilidade pon­tifícia, ardor missionário, fidelida­de à vocação religiosa ou matrimonial...) e outros dis­tri­buí­dos a qualquer tipo de pessoas, no­mea­damente os ca­ris­mas extraordiná­rios. São Paulo enumera nove (1Cor 12, 8-10) e diz-nos co­mo fazer uso deles (1Cor 12-14). Compete aos pastores da Igreja fazer o seu discernimento (Cat. 801). 2. Quais são. Optando pela ordem ló­­gi­ca da maioria dos teólogos, os *carismas, que se devem distinguir dos *dons do Espírito Santo, sobretudo quando têm o mesmo nome, são os seguintes: a) Des­ti­nados a transmitir aos demais coi­sas divinas: palavra da fé, quando leva os interlocutores a convencerem-se das verdades em que pela fé teologal se acredi­ta; palavra de sabedoria, tam­bém distin­ta do dom da sabedoria, quando leva os ouvintes a acolher as ver­dades da fé com grande emoção e ale­gria; palavra de ciên­cia, quando leva a descobrir, por meio de exemplos e arra­zoados, a harmonia e a beleza das verdades da fé; b) Des­tinados a confirmar no espírito dos outros as verdades re­veladas: dom dos ­milagres, a que se chama dom das curas quando tem por efeito a saúde corporal, consistindo na derrogação das leis da natureza sobre coi­sas sensíveis, como que a comprovar a intervenção divina (V. milagre); dom da profecia, um dos mais im­portantes e frequentes, nomeadamente entre os profetas da Bíblia, consistindo no anúncio de verdades ou acontecimentos que ultrapassam as capacidades de previsão naturais e mesmo diabólicas; discernimento dos espíritos, quan­do distingue os verdadeiros dos falsos profetas, as inspirações divinas dos en­ganos do demónio, as moções da graça dos mo­vimentos da natureza; c) Des­ti­na­dos a ­facilitar o anúncio da palavra de Deus: dom das línguas, proporcionando ao pregador a capacidade de, sem especiais estudos, se exprimir em di­versas lín­guas; e o dom de as interpretar, facili­tan­do aos ouvintes a compreensão das mensagens do pregador da fé.


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