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catecumenado ou catecumenato |
| É o tempo ou a instituição que, no quadro da *iniciação cristã, se destina a ajudar o recém-convertido a passar duma fé inicial à fé adulta requerida pelos sacramentos do Baptismo, Confirmação e Eucaristia. Processa-se à maneira de caminhada em que o catecúmeno é acompanhado pela comunidade e, em especial, até à “eleição”, pelo/a “garante”, e depois pelo “padrinho” e/ou “madrinha”. Inclui uma *catequese adequada, ao ritmo do ano litúrgico, uma progressiva conversão moral e espiritual, diversas celebrações e uma primeira experiência de apostolado testemunhal. Quando o catecúmeno se sente capaz de avançar para o Baptismo, a seu pedido e com o parecer do “garante” e da comunidade, o bispo ou o seu delegado procede à sua “eleição”, normalmente no início da Quaresma, para a fase da “purificação” ou “iluminação” que decorre até à Páscoa em clima de retiro espiritual animado por várias celebrações, os “escrutínios” e as “tradições” (entregas) do Símbolo da Fé (Credo) e da Oração Dominical (Pai-Nosso), de forma a garantir a preparação próxima para os sacramentos da iniciação cristã na Vigília Pascal. Um último “escrutínio” está previsto no Sábado Santo, para a “redição” do Símbolo (profissão pessoal da fé), para o rito do “Effathá” (do abrir dos ouvidos e da boca à palavra de Deus e à sua profissão) e para a unção com o óleo dos catecúmenos (como penhor de fortaleza cristã). Na Vigília Pascal, de índole baptismal, os “eleitos” fazem a sua profissão de fé e recebem os três sacramentos da iniciação cristã, participando pela primeira vez na Eucaristia e nela fazendo a “redição” da Oração Dominical (podendo, no entanto, por conveniência pastoral, diferir-se a Confirmação, p.ex., para o Pentecostes). A cinquentena pascal é tempo de catequese “mistagógica” sobre o sentido dos “mistérios” (=sacramentos) e pela inserção na vida da comunidade a que o catecúmeno pertence ou vai pertencer. A admissão ao catecumenado, a eleição à fase da purificação e a recepção dos sacramentos do Baptismo e da Confirmação ficam registadas em livros paroquiais próprios. A duração e a modalidade da iniciação cristã e especialmente do catecumenado dependem das circunstâncias pessoais e pastorais, sendo delas juiz o bispo ou seu delegado. Um catecumenado pós-baptismal para os sacramentos da Penitência, da Eucaristia, da Confirmação e do Matrimónio encontra-se recomendado no Directório Pastoral dos Bispos (n. 92) para aqueles que, tendo sido baptizados, não chegaram a fazer um mínimo de iniciação cristã. V. RICA; CDC 788; Cat. 1230-1233. (Sobre o neocatecumenado, V. Caminho Neocatecumenal). |
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