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cisma |
(Do gr. = divisão). É a recusa de sujeição ao Papa ou de comunhão com os membros da Igreja que lhe estão sujeitos (CDC 751). Com frequência, o cisma resulta de divergências doutrinárias, coincidindo, portanto, com *heresia. A unidade é uma das notas essenciais da Igreja, pela qual Jesus rezou ao Pai na Última Ceia. Os Apóstolos, nomeadamente nas epístolas, denunciaram as tendências divisionistas verificadas nas comunidades por eles fundadas. Os grandes cismas consumaram-se mais tarde. No início do segundo milénio, separaram-se da obediência ao sucessor de Pedro, símbolo e garante da unidade, as Igrejas do Oriente, chamadas Ortodoxas. Cinco séculos depois, o cisma atingiu a Igreja Latina do Ocidente, com a crise anglicana e protestante. Esta crise foi precedida uns séculos antes pelo chamado Cisma do Ocidente (1378-1417) resultante da coexistência de papas e antipapas, fruto de rivalidades dentro e fora da Igreja. O *movimento ecuménico procura que se refaça a unidade perdida, mediante a oração, o diálogo e a aproximação afectiva. De um modo geral têm-se verificado progressos, aliás desejados pelas diversas Igrejas, tanto mais que a unidade é sentida como muito necessária perante a perda do sentido religioso no mundo moderno e a urgência duma credível acção evangelizadora. |
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