Apresentação

Siglas e Abreviaturas

Sugestões


clericalismo
É a tendência, por vezes ve­rificada na história da Igreja, da es­fera espiritual (concretamente, do *cle­ro, como classe) interferir ou querer su­pe­rin­tender na esfera temporal. Podem consi­derar-se três níveis: 1) nível dou­tri­nário, defendido no auge da Cris­tan­dade (séc. XII-XIII), ao afirmar-se que o Papa, no exercício da máxima res­pon­sabili­da­de espiritual, delegava nos prín­cipes o go­ver­no temporal dos po­vos; 2) nível social, ao defender que o maior grau de cul­tura e dignidade do clero lhe dava direito a orientar os assun­tos de ordem tem­­poral; 3) nível eclesial, ao reservar ao clero todas as ini­ciativas e responsa­bilidades pastorais, com a marginalização dos leigos, re­duzidos a meros cum­pridores. Todas estas formas de c. estão em dissonância com os ensinamentos de J. C. (no­mea­damente com a célebre sentença: “A Deus o que é de Deus e a César o que é de César”, Mt 12,17). Também o Conc. Vat. II preconizou a autonomia da es­fera temporal e a maioridade eclesial dos leigos. Estas formas de c. têm despertado, por reacção, formas diversas de *anticlericalismo, que também têm sur­gido quase sempre por motivos radi­cal­mente ideológicos ou políticos.


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