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Companhia de Jesus (SJ) |
1. Ordem clerical fundada em 1534 por S. Inácio de Loyola e seis companheiros universitários, em Paris, e aprovada por Paulo III em 1540. Aos três votos clássicos da vida religiosa, os jesuítas (assim se começaram a chamar os membros da C. de J.) acrescentaram um quarto, o de obediência absoluta ao Papa. Inicialmente itinerantes, acorriam aonde eram chamados, geralmente para missões difíceis de defesa, ensino e expansão da fé cristã. A C. de J. cresceu rapidamente e assumiu papel preponderante nos períodos conturbados do protestantismo (séc. XVI-XVII) e mais tarde do jansenismo e do iluminismo (séc. XVIII), concitando virulenta oposição em vários países da Europa, a ponto de Clemente XIV entender dever suprimi-la em 1773, com graves prejuízos para a acção missionária e para a cultura. Mantendo-se, porém, em alguns países, e passada a turbulência da Revolução Francesa, Pio VII restaurou-a, em 1814, ganhando nova vida e formando a família religiosa mais numerosa e influente da actualidade. 2. Em Portugal, a pedido de D. João III, chegaram os dois primeiros jesuítas, logo em 1540, Francisco Xavier (que desempenhou um papel ímpar na acção missionária) e Simão Rodrigues (que foi o primeiro provincial dos Jesuítas portugueses). Multiplicaram-se rapidamente, consagrando-se especialmente ao ensino e às missões nas terras descobertas. Mais tarde, o marquês de Pombal expulsou-os (1759). Puderam regressar em 1829. De novo expulsos em 1834, reorganizaram-se em 1880. Por último, foram novamente presos ou exilados pela República (1910), voltando em 1923 e sendo reconhecidos como congregação missionária, em 1941. Publicam, desde 1902, a revista Brotéria, inicialmente como revista científica e, mais tarde, com várias edições, entre as quais a de cultura geral, desde 1925. |
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