|
coração |
Como órgão vital da fisiologia humana, o c. pouco ou nada interessou aos antigos, que mal distinguiam no homem a vida corpórea (na *Escritura = carnal) da anímica ou espiritual. Tanto no AT como no NT, o c. aparece em sentido metafórico, como sede da vida interior, do conhecimento, da vontade, dos sentimentos fortes. A tradição cristã, partindo desta herança cultural, viu no c., conforme as épocas, sobretudo a fonte da coragem (termo derivado do fr., que inclui a raiz cor, do lat. = coração), o amor (sentimento de cordialidade) ou da vida moral e religiosa. Ainda hoje são comuns na linguagem cristã expressões como “dor de coração”, “coração contrito”, “con-versão do coração”, “de todo o coração”, etc. No seu concretismo antropomórfico, os Hebreus, entre outros povos antigos, empregaram a expressão “Coração de Deus”, para exprimir as disposições divinas a seu respeito. A tradição cristã aprofundou esta maneira de dizer, avivando, sobretudo a partir do séc. XVII, a visão joanina de que Deus é Amor, donde a devoção ao *Coração de Jesus, como expressão forte do amor de Deus aos homens, e, mais tarde, a devoção ao *Coração de Maria. |
É expressamente interdita a cópia, reprodução e difusão dos textos desta edição sem autorização expressa das Paulinas, quaisquer que sejam os meios para tal utilizados, com a excepção do direito de citação definido na lei. |