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coroa, coroação |
1. É muito antiga a imposição de uma coroa de louros ou de metal precioso sobre o vencedor de jogos desportivos ou literários, de campanhas militares, ou sobre detentores do poder. São restos deste rito, na liturgia cristã, a coroação de imperadores ou reis (ainda hoje na Inglaterra) ou do Papa (pela imposição da *tiara, desde Clemente V, em 1306, até Paulo VI, que a vendeu, em 1964, para ajudar os pobres). 2. Coroação de espinhos. Segundo os Evangelhos (Mt 27,29ss), os soldados romanos, depois da flagelação, divertiram-se impondo uma coroa de espinhos sobre a cabeça de J. C. troçando do “rei dos judeus”, levando ao extremo a desconsideração pelo verdadeiro Rei do Universo. 3. Coroação de Nossa Senhora. O título de Rainha foi dado à Mãe de Jesus no séc. XI e consagrado com a instituição da festa de Nossa Senhora Rainha, actualmente celebrada no dia 22 de Agosto (oitava da Assunção) com o sentido de glorificação no Céu de Maria como Rainha dos Anjos e dos Santos. A liturgia canta a realeza de Maria nomeadamente nas antífonas finais do ofício das horas Salve Regina, Ave Regina Caelorum e Regina Caeli laetare, Aleluia. O Ritual Romano inclui no vol. da Celebração das Bênçãos um capítulo (cap. V do Suplemento) intitulado “Coroação da Imagem da Virgem Santa Maria”. Segundo os respectivos preliminares, este rito, que data do Conc. de Éfeso (431), justifica-se porque Maria é Mãe do Rei Messiânico, associou-se intimamente à edificação do Reino de Deus, pela sua fidelidade mereceu a coroa de glória, e é invocada pela Igreja como Rainha dos Anjos e dos Santos. |
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