Apresentação

Siglas e Abreviaturas

Sugestões


cristandade
1. No sentido original da pa­lavra, tanto se pode referir à con­di­ção de cristão como a uma população cristã, sobretudo quando em contexto ainda pagão. 2. No sentido histórico, pas­sou-se a considerar estabelecida a c. na sociedade europeia depois da paz concedida pelo imperador Constantino à Igreja (313) e sobretudo depois que Teodósio substituiu o paganismo pelo Cris­tia­nis­mo como religião oficial do Império (391). No regime de c., mal se distinguia a Igre­ja do Estado, o que, se por um lado, le­vou à cristianização de toda a vida social, por outro levou a in­terferências mútuas da duas ordens, temporal e espiritual. Tal situação prolongou-se depois, embora de forma diferente, na Europa do Leste (on­de o Im­pério Bizantino se aguentou até 1453) e na Europa Ocidental (onde a que­da do império se deu em 476 e os povos bárbaros foram sendo evangeli­za­dos e fixados à terra por acção da Igre­ja), situação que contribuiu para o grande Cisma do Oriente (princípio do 2.º milé­nio). No Ocidente, dominou no período áureo da Idade Média. Depois da desco­berta dos novos mundos, levou ao agra­va­mento dos con­flitos entre a Igreja e os Príncipes, o que favoreceu a eclosão da Reforma e cisma protestan­te. Com o Iluminismo, acirrado pela Re­vo­lução Francesa e, mais tarde, com o So­cialismo de inspiração marxista, ga­nhou poder a tendência para desvincular a sociedade civil, e em boa parte toda a vida social, da in­fluência directa da Igre­ja. Esta só se desprendeu da ideia da c. no Conc. Vat. II, reassumindo a condição original de Igreja empenhada em levar os ideais e valores evangélicos a toda a vida dos ho­mens, no respeito da auto-nomia das es­truturas temporais. 3. Cur­sos de Cris­tandade. V. Cursilhos de Cris­tan­dade.


É expressamente interdita a cópia, reprodução e difusão dos textos desta edição sem autorização expressa das Paulinas, quaisquer que sejam os meios para tal utilizados, com a excepção do direito de citação definido na lei.