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crucifixão (ou crucificação) |
Era a mais cruel e ignominiosa morte a que os Romanos submetiam os escravos e os homens livres julgados como grandes criminosos. Embora não fosse usada entre os Judeus, estes conheciam-na pela experiência que lhes advinha da dominação romana ao tempo de J. C. No caso de J. C., Pilatos foi pressionado pelos judeus para o condenar à morte, não se tendo contentado com a sua flagelação. Provavelmente por isso mandou afixar na cruz uma tabuleta com a inscrição em hebraico, grego e latim: “J. C., Rei dos Judeus” (Jo 19,19; Lc 23,38), o que a estes irritou. A execução foi rápida. Provavelmente o corpo de Jesus foi primeiro pregado ao patíbulo (haste transversal da cruz) e, depois de elevado, fez-se o cravejamento dos pés. Era costume fixar na cruz um suporte (“sedile”) em que o corpo se podia apoiar, até para que a morte por asfixia não surgisse depressa. Aliás, ela podia ser apressada, como aconteceu com os dois ladrões, partindo as pernas ao supliciado. Mas Jesus, esgotado pelos maus tratos anteriores, morreu ao fim de três horas. As “sete palavras” que dele guardaram os relatos evangélicos mostram que Ele entregou livremente a vida ao Pai pela redenção da humanidade. A piedade cristã guarda memória deste gesto de amor de J. C., contemplando o crucifixo em que a Arte Cristã O vem representando, ora sofredor ora já no repouso da morte. V. Cruz. |
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