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culto |
É a expressão do reconhecimento pelo homem da superioridade e transcendência da Divindade. Ao longo dos milénios foram muitas as modalidades de que se revestiu, conforme as religiões. Na Bíblia distinguiu-se sempre pelo monoteísmo e apurado sentido moral. Mas foi evoluindo desde Moisés até às vésperas do Cristianismo: rudimentar no tempo dos patriarcas, organizado e centralizado no Templo de Jerusalém com Salomão, foi-se purificando e espiritualizando com o exílio e a acção dos profetas. Encontrou a expressão suprema no Cristianismo, por ser prestado em Igreja como acção de Cristo total, cabeça e membros. Radica na mais alta virtude moral, a virtude da religião, sublimada pelas virtudes teologais da fé, esperança e caridade. O culto de latria é reservado a Deus Uno e Trino, sendo seus principais actos a adoração, a oração, o sacrifício, o voto, o juramento e a santificação de certos dias. A sua expressão máxima é a celebração do mistério pascal na Eucaristia (e por extensão nos sacramentos e em toda a liturgia). A Maria, Virgem Mãe de Deus, é prestado um culto de hiperdulia; e aos anjos e santos um culto de dulia. Às imagens e relíquias é prestado um culto relativo, que tem por termo as pessoas a que se referem. O CDC distingue c. público de c. privado. Quanto aos ministros do culto, eram nos tempos bíblicos os levitas e os sacerdotes judaicos. No Cristianismo são os ministros ordenados (bispos, presbíteros e diáconos), mas também, para certos actos de culto, os religiosos e os próprios leigos revestidos do sacerdócio comum pelo Baptismo (e Confirmação). |
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