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desejo |
É o impulso consciente para o que aparece como bom para o aperfeiçoamento, realização e felicidade da própria pessoa. Desejar revela, por um lado, inteligência (para ver o bem) e vontade (para o procurar) e, por outro, que a pessoa não é isolada nem auto-suficiente. O d. pode radicar: quer no apetite sensitivo ou concupiscência (em que imperam os sentidos e a imaginação), quer no apetite racional (em que imperam as faculdades intelectuais). As limitações destas faculdades e do seu exercício, bem como o desequilíbrio entre os dois apetites (ocasionado pelo *pecado original) levam aos enganos e desvios nos bens desejados, convertendo os desejos em maus desejos que induzem ao pecado. Mas, mesmo na consciência pecadora, resta sempre o bom desejo natural do “bem supremo”, que é Deus, e abre caminho para o amor dele e do próximo, levando tendencialmente ao arrependimento e à comunhão que sacia o bom desejo. Nesta direcção se desenvolve o labor educativo das consciências em que a Igreja se encontra empenhada. |
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