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ecologia |
1. Ecologia natural. É o movimento de opinião e de acção tendente a preservar a natureza e o meio ambiente das agressões provocadas pelo seu uso descuidado e pelo progresso irracional (poluição dos ares, terras e mares, consumo indiscriminado de matérias-primas e combustíveis, deflorestações anárquicas, extinção de espécies…). A Terra foi dada por Deus ao homem para a guardar e trabalhar em seu proveito (Gn 1,26ss), e não para a malbaratar. Um primeiro alerta da parte da Igreja foi dado por Paulo VI na Carta *Octagesima adveniens, n. 21 (1971), antes mesmo da “Declaração sobre o meio ambiente” do Congresso de Estocolmo das Nações Unidas (1972). João Paulo II desenvolveu em dois longos números (15-16) da Enc. *Redemptor hominis (1979) toda esta problemática, retomando-a na Enc. *Centesimus annus, n. 37 (1991). Destes e de outros textos do magistério se conclui que a Igreja lembra aos fiéis a responsabilidade comum com os demais cidadãos de contribuir para a defesa do património natural, como exigência do bem comum e até da sobrevivência da humanidade. 2. Ecologia humana. Esta expressão, empregada por João Paulo II na Enc. *Centesimus annus n. 38ss, refere-se à necessidade de preservar o ambiente social e moral necessário à normal vida das pessoas e comunidades. A isso obstam os efeitos desumanos duma urbanização selvagem, as condições degradantes do trabalho numa economia dominada pelo lucro, as indústrias do pecado, o amoralismo duma cultura individualista, anti-familiar e antinatalista… Sanear tal ambiente, mediante uma nova evangelização que inclui a promoção e a passagem à prática dos grandes princípios da *Dou-trina Social da Igreja, é uma das maiores urgências do nosso tempo (Cf. CA, 5; 54). V. desmoralização. |
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