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escravatura |
1. Breve história. É um regime social de submissão de pessoas humanas, mais ou menos reduzidas a coisas, em geral por interesses económicos. Ao longo dos milénios da humanidade, a e. passou por diversas modalidades, ligadas à guerra ou ao comércio de mão-de-obra. Os povos da Europa mantiveram-na até aos tempos modernos, e em grande parte nela basearam o seu próprio desenvolvimento e o dos territórios coloniais, o que favoreceu o tráfico de negros nos sécs. XVI-XVIII. As primeiras reacções a favor da abolição surgiram na Inglaterra, relativamente às colónias americanas, nem sempre por motivos humanitários, e, ao longo do séc. XIX, os vários países europeus erradicaram-na formalmente (e, pouco a pouco, praticamente). No entanto, surgem de vez em quando formas de exploração humana, vitimando sobretudo imigrantes clandestinos, tratados como mão-de-obra barata ou entregues às indústrias do sexo. No resto do mundo a evolução foi mais tardia e ainda hoje a e. de homens, mulheres e crianças se pratica nalgumas áreas mais isoladas. 2. Acção da Igreja. Os Judeus praticavam a e., embora humanizando-a. Tida ao tempo como realidade normal, nem J. C. nem a Igreja primitiva se insurgiram contra o sistema, mas avançaram com os argumentos que haviam de a eliminar (ex., a carta de S. Paulo a Filémon em favor do escravo Onésimo). Os Padres da Igreja proclamaram a igualdade de todos os homens e mais tarde surgiram as ordens religiosas vocacionadas para o resgate de cativos e escravos, distinguindo-se nisto, no Brasil, os Jesuítas. Sinal de progresso social é a actual recusa de toda a forma de e, quer pela Igreja (Cat. 2414), quer pelas grandes instâncias internacionais (Declaração Universal dos Direitos do Homem, 10. 11.1948). |
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