Apresentação

Siglas e Abreviaturas

Sugestões


Evangelho da Infância
Nos primórdios da Igreja, a pregação e catequese oral focavam a vida pública de J. C. en­tre o baptismo no Jordão até à sua mor­te-ressurreição-ascensão ao Céu. Mas, na­­turalmente, nos cristãos surgiu a san­ta curiosidade de conhecer pormenores do nascimento e infância do Senhor. Tu­do leva a crer que se tenham forma­do, ao lado da evangelização oficial, tra­di­ções particulares, passadas mesmo a ­escrito. Delas não se fazem eco nem o Evan­gelho de Marcos (o primeiro a ser escrito, tomando como fonte a pre­ga­ção de Pedro) nem o de João (de índole marcadamente teológica). Mas já o fa­zem o de Mateus e o de Lucas, em­bora de forma diferente. Mateus, es­crevendo para comunidades vindas do Judaísmo, põe em relevo a figura de S. José e inter­preta os episódios da infância numa li­nha apologética de cumprimento das pro­fecias. Lucas, de menta­li­dade grega, descreve literariamente os episódios de infância mais ligados a Ma­ria, pondo-os em paralelo com os do precursor João Baptista, recorrendo a belas composi­ções poéticas de que a Igreja faz uso na liturgia (Be­ne­dic­tus, Magnificat, Nunc dimitis). O gé­nero literário do E. da I. é o de nar­ra­­tiva edificante sobre fundo histórico, revestindo os acontecimentos reais de roupagem literária que lhes real­ça a be­leza e o significado. São mistérios da in­fância de J. C.: a Anun­cia­ção, a Vi­si­tação, o Natal, a Circuncisão, a Epi­­fa­nia, a Apresentação no Templo, a Fuga para o Egipto, e a vida oculta em Na­za­ré até ao Encontro de Jesus no Tem­plo (cf. Cat. 522-534).


É expressamente interdita a cópia, reprodução e difusão dos textos desta edição sem autorização expressa das Paulinas, quaisquer que sejam os meios para tal utilizados, com a excepção do direito de citação definido na lei.