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Êxodo, Livro do (Ex) |
Segundo livro da Bíblia, na continuação do primeiro (*Génesis). O nome gr. que lhe vem da Bíblia dos *Setenta significa “saída” ou “libertação”. De facto, os seus primeiros 15 capítulos narram a libertação, por Moisés, do povo israelita, há 400 anos sujeito à escravidão do Egipto. (Na realidade histórica, admite-se hoje que grande parte dos hebreus nascidos no Egipto já tinham emigrado para as terras de Canaã, tendo Moisés libertado os últimos grupos mais recalcitrantes). Os capítulos seguintes descrevem: a dura ca-minhada pelo deserto (15-18); a Aliança do Sinai e o Decálogo (19-24); o Código sacerdotal (25-31 e 35-40), interrompido pela renovação da Aliança (32-34). Sobre a autoria e data de redacção, V. Pentateuco. No Ex. entrelaçam-se os textos narrativos com os legislativos e cultuais, imprimindo ao livro um género literário próprio. É clara a intenção teológica de assegurar ao povo judeu, para quem o livro foi escrito muitos séculos depois dos acontecimentos narrados, a permanente assistência de Deus ao seu povo, não só durante o êxodo, mas também mais tarde no regresso do exílio e noutras circunstâncias difíceis da sua história. O cristão relê este livro à luz do novo Moisés, que é J. C., cuja Páscoa libertadora foi profetizada pela libertação pascal dos Hebreus através das águas do Mar Vermelho. |
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