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Angelus (toque do) |
(= toque das Ave-Marias). Momento de oração popular a Nossa Senhora atribuída ao franciscano Bento d’Arezzo, contemporâneo de S. Francisco de Assis. Quando S. Francisco visitou a Terra Santa, ficou muito impressionado com a oração dos muçulmanos cinco vezes por dia ao apelo do muezim feito do minarete da mesquita. De regresso a Itália, escreveu uma carta aos “chefes dos povos” a pedir-lhes que um pregoeiro ao fim de cada dia convidasse o povo cristão ao louvor de Deus. É possível que esta carta tenha inspirado a recitação do Angelus uns dez anos depois, inicialmente apenas uma vez por dia, ao entardecer. Tal prática teve a bênção do papa Calisto II (1456) e generalizou-se sobretudo depois do papa Sisto IV a prescrever para conseguir a vitória cristã contra os turcos. S. Pedro Canísio fomentou-a, e ela passou a dizer-se três vezes por dia, de manhã, ao meio-dia e à tarde, ao toque dos sinos. Mais tarde acrescentou-se-lhe por três vezes a doxologia à SS. Trindade (pelo que também se chamou a este toque o das Trindades). O Angelus consiste na reza de três Ave-Marias introduzidas por versículos alusivos ao mistério da Encarnação e terminando com uma oração. Os versículos são: «O Anjo do Senhor anunciou Maria. E ela concebeu do Espírito Santo», «Eis a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a vossa palavra», «E o Verbo divino incarnou. E habitou entre nós», seguindo-se uma oração introduzida pelo versículo «Rogai por nós, santa Mãe de Deus. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo» e três vezes o «Glória ao Pai…». No tempo pascal, o Angelus é substituído pela antífona Regina Coeli (cf. DPPL 195-196). É costume dos últimos papas, aos domingos, pelo meio-dia, rezar o Angelus com a multidão reunida na praça de S. Pedro. |
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