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anjos |
(Do gr. = mensageiro). 1. Anjos bons. Além do mundo visível que é cenário da nossa vida temporal, dizem-nos a tradição bíblica e a fé cristã que Deus também criou o mundo invisível dos puros espíritos, seres por natureza pessoais e imortais. São em grande número e Deus concedeu-lhes a elevação ao estado sobrenatural, associando-os à sua glória. Proposta pelo teólogo Pseudo--Dionísio (transição do séc. IV para o V), ficou clássica a sua *angeologia, que agrupa estes seres celestes em nove coros repartidos por três hierarquias: serafins, querubins e tronos; dominações, virtudes e potestades; principados, arcanjos e anjos. O nome de anjos, embora genericamente seja dado a todos, no seu sentido etimológico reserva-se àqueles a quem Deus confia mensagens ou intervenções no nosso mundo. Tanto o AT como o NT referem numerosas destas intervenções. (*Arcanjos). Também as tem havido ao longo da vida da Igreja (p.ex., em *Fátima). A piedade cristã venera especialmente os anjos da guarda, quer pessoais quer de nações (cf. Cat. 328-336). 2. Anjos maus. Dos anjos, houve alguns que, no momento em que foram criados, se revoltaram contra Deus e foram por Deus excluídos do *Céu e precipitados no *Inferno. A tradição bíblica dá-lhes o nome de *demónios e ao seu chefe (Lúcifer) o de *Diabo ou Satanás. (Cf. Cat. 391-395). 3. Anjo Custódio de Portugal. Na sequência de devoção antiga, D. Manuel I (1504) solicitou do papa Leão X a festa deste anjo protector do Reino, que passou a ser celebrada com grande esplendor no 3.º domingo de Julho. Tal devoção quase desapareceu depois do séc. XVII, mas foi restaurada em 1952 e fixada a sua celebração no Dia de Portugal, 10 de Junho. Para esta restauração foram decisivas as aparições aos pastorinhos de Fátima (1916) daquele que se apresentou como “Anjo de Portugal”, “Anjo da Paz” e “Anjo da Eucaristia”. |
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