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hedonismo |
Tendência, teorizada por alguns pensadores da Antiguidade grega, que vê no prazer, sobretudo físico, o segredo da felicidade, invocando o facto de o homem e os animais procurarem instintivamente o que lhes dá prazer, fugindo do que lhes causa sofrimento. Mas já na mesma Antiguidade houve quem refutasse tal maneira de ver, nomeadamente Aristóteles, ao afirmar que a tendência real é mais para os objectos do que para o prazer que eles oferecem, sobretudo quando este é passageiro e leva a situações degradantes. A Moral cristã, baseada no exemplo de J. C., diz-nos que o h. é fruto das várias “concupiscências”, acabando em geral pelo enfraquecimento da vontade livre e pela queda no pecado com suas desgraçadas consequências para o próprio e para os outros. No entanto, reconhece que certos prazeres naturais (no comer, beber, descansar…) são legítimos e providenciais quando contribuem para o normal desenrolar da vida; além disso, é virtuoso o “prazer espiritual” resultante da prática da amizade, da contemplação da natureza, da apreciação de obras de arte, etc., por elevar o espírito até Deus, autor de tudo o que é verdadeiro, belo e bom. V. concupiscência, felicidade. |
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