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hierarquia (ou jerarquia) |
(Do gr. = poder sagrado). Em termos genéricos é o escalonamento dos poderes numa instituição ou dos valores numa determinada acção. 1. Hierarquia eclesiástica. Por instituição divina, distinguem-se, entre os fiéis que constituem a Igreja, aqueles que, por uma especial participação sacramental no sacerdócio de Cristo, se ordenam para o serviço do povo de Deus no exercício do tríplice múnus de santificar, governar e ensinar. São os *clérigos, que se escalonam pelos três graus do sacramento da Ordem: episcopado, presbiterado e diaconado (cf. CDC 204; V. fiéis). O poder supremo na Igreja é exercido pelo Sumo Pontífice e pelos bispos em união com ele, como sucessores de S. Pedro e do Colégio Apostólico (CDC 330), os quais constituem a h. e. em sentido estrito. Em sentido mais amplo, esta inclui os presbíteros e os diáconos, os quais têm por missão prestar ajuda ao ministério episcopal. O Papa goza na Igreja de poder ordinário, supremo, imediato e universal (331), não só relativamente à Igreja Universal, mas também em relação a cada Igreja particular e seus agrupamentos (333). Também o Colégio dos Bispos, presidido pelo Papa, é sujeito do poder supremo sobre a Igreja universal, exercendo-o solenemente no *Concílio Ecuménico, mas também de forma ordinária pela acção unida dos bispos dispersos pelo mundo (337). São ainda formas de exercício do múnus episcopal o governo das Igrejas particulares e a colaboração dada ao Papa pelo *Sínodo dos Bispos, *Colégio Cardinalício e desempenho de cargos na *Cúria Romana. 2. Hierarquia das criaturas. Há um claro escalonamento entre os diversos seres saídos da mão do Criador: seres inanimados, vegetais, animais e, no topo, o homem, apenas se lhe sobrepondo em natureza os seres celestes vulgarmente chamados *anjos (cf. Cat. 342; 350ss). 3. Hierarquia das verdades da fé. A importância destas verdades varia consoante o seu nexo com o fundamento da fé cristã, existindo entre elas uma ordem ou hierarquia (cf. Cat. 90; Conc. Vat. II, UR 11). 4. Hierarquia dos valores espirituais e materiais. Quer na vida pessoal quer na vida da sociedade, o cultivo dos valores deve ter em conta a sua importância e urgência, subordinando normalmente as exigências materiais aos interesses espirituais (cf. Cat. 1886, etc.). |
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