Comissão Nacional Justiça e Paz

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Comissão Nacional Justiça e Paz

A PROMESSA DE PAZ NA EUROPA

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A promessa de paz da Europa: Integrar a segurança humana e a paz justa nas políticas da União Europeia

Uma declaração da Pax Christi Internacional, Justiça e Paz Europa e Comunidade de Santo Egídio Bélgica

Como organizações católicas, estamos unidas na defesa de uma União Europeia que dê prioridade à Paz Justa, tal como foi concebida pelos seus Fundadores. A história da reconciliação entre os Estados membros da Comunidade Europeia mostrou-nos que, para uma paz sustentável e duradoura, não basta conceber a paz como a mera ausência de guerra. Pelo contrário, é necessário abordar todas as dimensões da paz para alcançar uma paz sustentável e duradoura.

Assim, gostaríamos de recordar à UE e aos seus Estados-Membros o seu compromisso fundamental para com esta visão abrangente da paz. Este compromisso inclui a defesa da dignidade humana e da justiça para todos, a valorização do diálogo como meio privilegiado de resolução de conflitos, a prossecução de uma cooperação económica baseada em valores e o investimento na educação para a paz, a fim de promover a compreensão e o respeito mútuos. Se abraçar plenamente o seu potencial de resolução de conflitos através de meios não violentos, acreditamos que a União Europeia pode acender lâmpadas de esperança nestes tempos sombrios para a humanidade, marcados por guerras e divisões, atuando como uma força unida, confiante e integradora, que preza os princípios democráticos e o Estado de direito, dentro e fora das suas fronteiras. Para alcançar este objetivo, a segurança deve ser entendida numa perspetiva mais ampla e de longo prazo.

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MANTER VIVA A ESPERANÇA

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Terra Santa VF

Por ocasião do aniversário do ataque do Hamas a Israel, de 7 de outubro de 2023, a Comissão Nacional Justiça e Paz considera oportuno divulgar a seguinte declaração do patriarca emérito de Jerusalém Michel Sabbah e dos membros do grupo Christian Reflection (com sede em Jerusalém), que traça as raízes do conflito no Médio Oriente, cujas raízes religiosas nega, e em relação ao qual apela à intervenção da comunidade internacional para uma paz justa e duradoura, para além das barreiras de cada identidade (o texto original pode ser consultado na página web da Conferência Episcopal Sul-Africana https: //sacbc.org.za/christian-reflection-from-jerusalem/)

MANTER VIVA A ESPERANÇA

Depois de um ano de guerra incessante, enquanto o ciclo de morte continua imparável, sentimos a necessidade, como cristãos e como cidadãos, de procurar a esperança que vem da nossa fé.

Primeiro, devemos admitir que estamos exaustos, paralisados pela dor e pelo medo. O nosso olhar está fixado na escuridão. Toda a região está tomada por um derramamento de sangue que continua a crescer e não poupa ninguém. Diante dos nossos olhos, a nossa querida Terra Santa e toda a região estão reduzidas a ruínas.

Todos os dias lamentamos as dezenas de milhares de homens, mulheres e crianças que foram mortos ou feridos, especialmente em Gaza, mas também na Cisjordânia, em Israel, no Líbano e noutros locais, na Síria, no Iémen, no Iraque e no Irão. Estamos indignados com a devastação causada em toda esta área.

Em Gaza, casas, escolas, hospitais e bairros inteiros são agora montes de escombros. A doença, a fome e o desespero reinam supremos. Será este o modelo daquilo em que a nossa região se há de tornar? À nossa volta, a economia está em ruínas, o acesso ao emprego está bloqueado e as famílias lutam para colocar comida na mesa. Em Israel, muitos estão de luto, vivendo em ansiedade e medo. Tem de haver outro caminho!

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Manifesto O DESAFIO DO TRABALHO DIGNO NUM MUNDO EM MUDANÇA

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Conferência 2024 Manifesto

O DESAFIO DO TRABALHO DIGNO NUM MUNDO EM MUDANÇA

Ao analisar a questão do desafio do trabalho digno num mundo em mudança, guiamo-nos por princípios que colhemos na doutrina social da Igreja e que aqui queremos realçar:

Uma dignidade infinita é inerente a cada pessoa humana, para além de toda a circunstância e em qualquer estado ou situação se encontre (Dignitas infinita n. 1).

Através do trabalho, a pessoa, criada à imagem e semelhança de Deus, continua, desenvolve e completa a obra do Criador (Laborem exercens n. 25).

O facto de o ser humano ser criado à imagem de Deus e receber o mandato de dominar a terra não lhe confere um domínio absoluto sobre as outras criaturas. Os textos bíblicos convidam a «cultivar e guardar» o jardim do mundo (Génesis 2, 15). O ser humano pode tomar da bondade da terra aquilo de que necessita para a sua sobrevivência, mas tem também o dever de a proteger e garantir a continuidade da sua fertilidade para as gerações futuras (Laudato sí n. 67 e n. 124).

Através do trabalho, o ser humano realiza-se nas suas múltiplas dimensões, tornando-se “mais pessoa” (Laborem exercens, n. 9). Existe também uma dimensão espiritual no trabalho que possibilita o amadurecimento e a santificação da pessoa (Laudato si’ n. 126).

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