Nota da Comissão Diocesana Justiça e Paz de Coimbra
A invasão da Ucrânia pela Rússia afronta todas as normas de direito internacional, provocando uma imensa onda de morte, destruição e dor.
Perante tal facto entende a Comissão Diocesana Justiça e Paz dever:
- Louvar a força de uma sociedade da sociedade civil que, em toda a Europa, se mobiliza numa solidariedade infinda que é um sinal de esperança no futuro.
- Enaltecer a forma como o povo português tem correspondido às exigências de um momento de crise, e catástrofe humanitária, sem paralelo na história recente, manifestando a sua solidariedade numa multiplicidade de formas.
A corrente de esperança que tal mobilização representa não pode ser desperdiçada pela falta de organização ou pela proverbial burocracia. Importa que tais esforços, e boas vontades, sejam globalmente coordenados nos diversos planos (Local, regional, nacional) e nas suas múltiplas vertentes, que vão desde o alojamento; à escola e ao trabalho, proporcionando uma resposta pronta e eficiente .
Releva que o Grupo Operativo Único, coordenado pelo Alto Comissariado para as Migrações e pelo Instituto de Segurança Social, bem como o agora criado “Portugal for Ukrania”, tenham capacidade, e empenho, para um afluxo de requerentes que de tudo são carentes.
A integração destes refugiados na sociedade portuguesa, com a necessária dignidade, é uma tarefa que compete a todos nós, indo perdurar no tempo.
- Saudar a denuncia apresentada pelo Governo Português, em conjunto com outros 37 Estados, no Tribunal Penal Internacional no pretérito dia 2 de Março, ao abrigo dos artigos 13 e 14 do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, visando a investigação de crimes de guerra e contra a Humanidade cometidos na Ucrânia.