Comissão Nacional Justiça e Paz

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Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Braga “O coração da política é a participação”

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Legislativas 2025 II

“O coração da política é a participação”

Quando, 50 anos depois das primeiras eleições em liberdade, Portugal está prestes a eleger uma nova Assembleia da República, ecoam ainda, vibrantes, os encorajamentos do Papa Francisco à participação e ao aprofundamento da democracia. Os incitamentos foram constantes, assinalando que importa a participação de todos naquilo que a todos diz respeito. “O coração da política é a participação”, afirmou Francisco, por ocasião da 50.ª Semana Social, no dia 7 de Julho do ano passado em Trieste, Itália.

Ao reflectir sobre as semelhanças que se poderiam encontrar entre uma democracia e “um coração curado”, o Papa exemplificou, chamando a atenção para diversas realidades: para “quem, numa actividade económica, criou espaço para pessoas com deficiência”; para os “quatro trabalhadores que renunciaram a um direito seu para impedir que outros fossem despedidos”; para as “comunidades energéticas renováveis que promovem a ecologia integral, cuidando inclusive das famílias em pobreza energética”; para “os administradores que favorecem a natalidade, o trabalho, a escola, os serviços educacionais, as casas acessíveis, a mobilidade para todos, a integração dos migrantes”. Tudo isto decorre de uma política participativa. “São estas as coisas que a participação faz, um cuidar de tudo”. Não é “beneficência”, é cuidar de tudo.

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Por um voto pelo espírito europeu

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Eleições PE 2024

Por um voto pelo espírito europeu 

Nota da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Braga sobre as eleições para o Parlamento Europeu

Quando, no próximo dia 9 de Junho, forem chamados a votar para eleger os seus representantes no Parlamento Europeu, os cidadãos têm uma União Europeia profundamente alterada por uma crise mundial de saúde pública, a pandemia de Covid-19; pela saída da União Europeia de um importante país-membro, o Reino Unido; e por ter às portas uma guerra, resultante da invasão da Ucrânia pela Rússia. O novo panorama, conjugado com outros problemas, tem tido consequências económicas, políticas e sociais que se têm feito severamente sentir.

Concebida pelos seus fundadores fundamentalmente como um espaço de paz e de prosperidade, em que o confronto político proporcionava um benefício democrático, a União Europeia vive, hoje, um momento de polarização amiúde com contornos de enorme violência. Os populistas têm aumentado o número de seguidores, conseguindo, em muitos sítios, disseminar o racismo e a xenofobia, a discórdia e o medo.

Mas a Europa é também, em várias das suas latitudes, um profícuo laboratório de concórdia, um modelo de civismo cosmopolita. A Europa, como afirmou, há dez anos, o Papa Francisco, num discurso ao Parlamento Europeu, deve alimentar uma “esperança assente na confiança em que as dificuldades se podem revelar, fortemente, promotoras de unidade, para vencer todos os medos que a Europa – juntamente com o mundo inteiro – está a atravessar”. Uma esperança assente “no Senhor que transforma o mal em bem e a morte em vida”.

A União Europeia, é sabido, tem entre os seus fundadores políticos cristãos e tem sido vivamente incentivada por sucessivos Papas.

A Europa, como “comunidade de povos”, deve “participar activamente na promoção e realização duma globalização ‘na’ solidariedade. Esta supõe, como sua condição, uma espécie de globalização ‘da’ solidariedade” com valores e direitos humanos fundamentais, disse João Paulo II na Exortação Apostólica Ecclesia in Europa.

A “defesa da qualidade da vida das pessoas” requer que a edificação dessa Europa, “vista como comunidade de povos e de pessoas, uma comunidade solidária na esperança”, salvaguarde a dignidade humana, não a sujeitando às leis do mercado.

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POR UM DESCANSO QUE SOBREVIVA ÀS FÉRIAS

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Por um descanso que sobreviva às férias

Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Braga

Verão 2023

O tempo de férias está a chegar, ou já chegou, para muitos. Para alguns, é, por isso, tempo de trabalho redobrado. As férias de uns são, como se sabe, o trabalho de outros. E há ainda aqueles para quem este não é tempo de férias nem de trabalho.

Não é invulgar as férias serem um antónimo de descanso, um acréscimo de trabalho. Vivemos, aliás, um período histórico em que as fronteiras entre trabalho e descanso se têm diluído. Esse foi para muitos trabalhadores um efeito da crise mundial de saúde pública. O trabalho à distância, possível graças à Internet e às novas tecnologias, veio alterar – ou acelerar a alteração – dos ritmos convencionais, estabelecendo um contínuo onde antes havia barreiras. O emprego ocupou a casa, que era até há pouco lugar de descanso, mesmo que algo permeável a algum trabalho ocasional.

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Invasão da Ucrânia - Nota da Comissão Diocesana Justiça e Paz

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      CDJP Coimbra logo                                                       

                                                                         

                                                             Nota da Comissão Diocesana Justiça e Paz de Coimbra

A invasão da Ucrânia pela Rússia afronta todas as normas de direito internacional, provocando uma imensa onda de morte, destruição e dor.

Perante tal facto entende a Comissão Diocesana Justiça e Paz dever:

- Louvar a força de uma sociedade da sociedade civil que, em toda a Europa, se mobiliza numa solidariedade infinda que é um sinal de esperança no futuro.

- Enaltecer a forma como o povo português tem correspondido às exigências de um momento de crise, e catástrofe humanitária, sem paralelo na história recente, manifestando a sua solidariedade numa multiplicidade de formas.  

A corrente de esperança que tal mobilização representa não pode ser desperdiçada pela falta de organização ou pela proverbial burocracia. Importa que tais esforços, e boas vontades, sejam globalmente coordenados nos diversos planos (Local, regional, nacional) e nas suas múltiplas vertentes, que vão desde o alojamento; à escola e ao trabalho, proporcionando uma resposta pronta e eficiente .

Releva que o Grupo Operativo Único, coordenado pelo Alto Comissariado para as Migrações e pelo Instituto de Segurança Social, bem como o agora criado “Portugal for Ukrania”, tenham capacidade, e empenho, para um afluxo de requerentes que de tudo são carentes.

A integração destes refugiados na sociedade portuguesa, com a necessária dignidade, é uma tarefa que compete a todos nós, indo perdurar no tempo.

- Saudar a denuncia apresentada pelo Governo Português, em conjunto com outros 37 Estados, no Tribunal Penal Internacional no pretérito  dia 2 de  Março, ao abrigo dos artigos 13 e 14 do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, visando a investigação de crimes de guerra e contra a Humanidade cometidos na Ucrânia.

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DIGA "TRINTA E TRÊS"! Comissão Diocesana Justiça e Paz de Santarém

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Sé Santarém

Diga “trinta e três”!

 Ora diga “trinta e três”!

Três, dois, um e… diga lá!

Um só número manifestado em dois iguais que, por sinal, na unidade e dezena é o número três!

Aqui invocamos o mistério trinitário (na sua unidade) e os trinta e três os anos de Jesus peregrino nesta nossa humanidade para nela e com ela realizar a aliança eterna de amor que a salva!

Também já deve ter surgido à memória aquela vulgar experiência na qual um médico ou médica, para avaliar o estado de saúde do nosso sistema respiratório, encosta o estetoscópio no peito ou nas costas e repetidamente solicita: “diga trinta e três”. E vivendo ainda sob uma pandemia que ataca severamente, precisamente, o humano sistema respiratório a ponto de poder matar… começámos com este pequeno “exercício de brincadeira” para vos dizer como somos gente situada e bem disposta e, sobretudo, disposta ao Bem!

Então, e desde já, fixemos o número trinta e três e… avancemos.

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