Comissão Nacional Justiça e Paz

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Notas e comunicados

É TEMPO DE GRITAR PELA PAZ Nota da Comissão Nacional Justiça e Paz sobre a situação na faixa de Gaza

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 Vatican News GAZA                                              É TEMPO DE GRITAR PELA PAZ

Nota da Comissão Nacional Justiça e Paz sobre a situação na faixa de Gaza

Diante do horror da situação que se vive na faixa de Gaza, que testemunhamos dia após dia e que continua a agravar-se numa desproporcionalidade desmedida, a Comissão Nacional Justiça e Paz quer juntar a sua voz a todos os que clamam pela Paz.

Esta guerra foi desencadeada como reação aos deploráveis ataques terroristas da responsabilidade do Hamas que vitimaram cidadãos israelitas inocentes. Alguns destes continuam até hoje como reféns — uma realidade que condenamos firmemente e que exige uma resolução imediata. É tão inegável a barbárie dos atos de 7 de outubro de 2023, quanto o direito de defesa de uma nação. Porém, essa reação desde há muito excedeu critérios de legítima defesa e proporcionalidade. Provocou, e continua a provocar, a morte de várias dezenas de milhar de palestinianos inocentes. É particularmente abjeta e revoltante a morte e o sofrimento de crianças, a quem é negado o futuro.

A reação de Israel tem assentado em práticas, que se qualificam como crimes de guerra e contra a humanidade, com o alvo sistemático de civis indefesos, e a recusa de fornecimento de água e alimentos necessários à sobrevivência das pessoas que ali vivem. Consideramos por isso, como tantas vozes internacionais que se fazem ouvir cada vez mais alto, que devem ser levados a sério os propósitos do governo israelita, com o apoio do governo norte-americano, de eliminação e deportação coletiva da população residente na faixa de Gaza. Estes propósitos não favorecem a libertação dos reféns israelitas, não reduzem a adesão de muitos palestinianos ao Hamas, nem contribuem para que, no futuro, os povos desta região possam viver em paz e segurança.

Consideramos igualmente inaceitáveis tanto as manifestações de ódio contra o povo judeu como a associação automática entre críticas às políticas do governo de Israel e o antissemitismo, uma vez que a denúncia da situação atual é partilhada por muitas pessoas de fé e cultura judaicas.

Com esta nota, a Comissão Nacional Justiça e Paz repudia as práticas desumanas e desrespeitadoras do Direito da guerra, e espera da parte dos governos da União Europeia, pedindo em especial ao governo português, ações concretas de suspensão da cooperação com o governo de Israel, sob pena de incoerência com os princípios de defesa dos direitos humanos que regem essa União.

Associamo-nos, plenamente, ao secretário geral da O.N.U. no sublinhar de que o caminho para uma paz justa para a Terra Santa só pode ser alcançado através do reconhecimento de dois Estados que correspondam aos direitos dos povos israelita e palestiniano.

A Comissão apela a todas as comunidades religiosas, em particular a comunidade católica, para que continuem unidas na oração pela Paz naquela região do mundo e em todos os contextos feridos pela guerra, dando testemunho de que a fé não pactua com a indiferença nem com a violência, mas é caminho de reconciliação, justiça e compromisso com a dignidade de todos os seres humanos.

Exprimimos também a nossa solidariedade para com todas as pessoas da Terra Santa, em especial as que (sobre)vivem na Faixa de Gaza, e renovamos o propósito de rezar para que, apesar de tudo, elas não percam a esperança de um futuro de justiça e paz.

Lisboa, 11 de junho de 2025
A Comissão Nacional Justiça e Paz

 

Na sequência desta nota, propomos que ao longo do mês de Junho, e em jeito de oração, juntemos a voz das nossas comunidades cristãs a todas as pessoas de boa vontade, dizendo:

Escuta, Israel, o clamor que se ergue do pedaço de terra que transformaste em campo de concentração.

O clamor daqueles que se encontram reféns de terroristas e às mãos da tua cólera desmedida.

Escuta, Israel, a voz do Senhor Nosso Deus que te manda ter piedade do órfão e da viúva.

Lembra-te, Israel, de como o nosso Pai Abraão se abeirou do Altíssimo para lhe pedir clemência da cidade inteira ainda que nela apenas houvesse dez homens justos. “Destruirás o justo com o injusto?” (Gn 18, 23). E lembra-te de como por causa dos dez justos o Senhor poupou Sodoma (Gn 18, 31).

«A misericórdia e a verdade vão encontrar-se, vão beijar-se a paz e a justiça; da terra há de brotar a verdade, e a justiça espreitará do céu» (Sl 85, 11-12).

Não mais sangue, Israel. Não mais sangue. «A força de um rei está em amar a justiça» (Sl 99, 4). Não em aniquilar, nem mesmo os inimigos.

Lembra-te, Israel, dos duros cativeiros que sofreste e não queiras pagar o mal com o mal, nem curar as tuas feridas com crueldade.

 
 

Nota da Comissão Nacional Justiça e Paz sobre a eleição do Papa Leão XIV

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Papa Leão XIV com Brasão


Nota da Comissão Nacional Justiça e Paz sobre a eleição do Papa Leão XIV

A Comissão Nacional Justiça e Paz vem exprimir o seu júbilo pela eleição do Papa Leão XIV, sinal da perene vitalidade da Igreja.

Nela vê também um sinal de continuidade em relação à preocupação com os desafios do nosso tempo.

A experiência pastoral do Papa eleito (de missionário ao serviço de um povo pobre) e as palavras que nos tem dirigido desde a sua eleição, fazem-nos estar certos de que o seu pontificado será marcado pelo forte empenho nas causas da Justiça e da Paz, à luz do Evangelho e da doutrina social da Igreja.

Queremos manifestar a nossa comunhão com o Papa Leão XIV nesse seu empenho, inseridos no caminho sinodal a que somos chamados.

Pedimos a Deus que lhe dê sabedoria, força e coragem, confiando que as ações do seu pontificado serão sempre inspiradas pelo Espírito Santo.

Lisboa, 12 de maio de 2025
A Comissão Nacional Justiça e Paz

 

ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2025 - Nota da CNJP

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 Logo legislativas 29025

Na proximidade de um inesperado, mas não menos decisivo, ato eleitoral

Nota da Comissão Nacional Justiça e Paz

Na proximidade de mais um inesperado, mas não menos decisivo, ato eleitoral, a Comissão Nacional Justiça e Paz apela a que este seja um momento de renovado compromisso coletivo na efetiva construção e promoção do bem comum. De todos, cidadãs e cidadãos, eleitores e eleitos.

Vivemos um tempo incerto, de persistente injustiça e desigualdade, de subversão progressiva dos valores e da ética, de ameaça crescente à paz, pela pobreza que permanece, pela indiferença que se instala, pelo recurso imparável ao uso da força e das armas.

Mas o tempo em que vivemos é também um tempo de oportunidades, pleno de conhecimentos e recursos, de ferramentas efetivas, para combater a incerteza, a indiferença e a injustiça, para promover a inclusão, o desenvolvimento, para construir a paz. Com verdade, compromisso, vontade.

Pede-se, neste momento concreto em que coletivamente somos chamados a tomar parte ativa na construção do nosso país, que as propostas presentes, ultrapassem o imediato, os conflitos conjunturais e assumam verdadeiros, honestos e viáveis compromissos, que superem o curto prazo e tenham a ambição de um futuro de desenvolvimento sustentável.

Continuar...
 

Papa Francisco - Nota de pesar e gratidão

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Dia Mundial da Paz 2020 

Nota da Comissão Nacional Justiça e Paz

A Comissão Nacional Justiça e Paz quer exprimir a sua gratidão a Deus pela vida terrena do Papa Francisco e pelo seu testemunho de autenticidade evangélica que foi visível até aos últimos momentos dessa vida, mesmo para além da doença e fragilidade que o atingiram.

Apela a que não sejam esquecidas, num contexto internacional que delas parece afastar-se cada vez mais, as suas mensagens em prol da justiça e da paz, da fraternidade universal, do amor preferencial para com os pobres e descartados, da promoção da vida humana e do cuidado da casa comum.

Lisboa, 21 de abril de 2025
A Comissão nacional Justiça e Paz
 

Nota da Comissão Nacional Justiça e Paz sobre a Mensagem para o 58.º Dia Mundial da Paz

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 Dia Mundial da Paz 2025

Sejamos anunciadores de uma Esperança audaz

Nota da Comissão Nacional Justiça e Paz sobre a Mensagem para o 58.º Dia Mundial da Paz

A Comissão Nacional Justiça e Paz propõe a todos uma leitura atenta da Mensagem que o Papa Francisco nos dirige por ocasião do Dia Mundial da Paz, no início deste Ano Jubilar (2025). 

As palavras que o Papa faz chegar a todos os homens e mulheres de boa vontade adquirem um sentido próprio em cada continente, região e país. Somos todos destinatários desta mensagem, no nosso agir concreto de cada dia, e não apenas os líderes das nações. Esta é, por isso, uma leitura que merece ser partilhada e objeto de reflexão conjunta nas nossas comunidades paroquiais, nos movimentos de que façamos parte, nas nossas famílias ou grupos de amigos.

«Ninguém vem a este mundo para ser oprimido», afirma o Papa Francisco, ao jeito de Jesus. Esta afirmação vigorosa precisa de ecoar na Europa e em Portugal, pois são palavras proféticas que não podem deixar-nos indiferentes.

Oprimido é aquele a quem tiraram toda a esperança. E, entre nós, há oprimidos sem visibilidade e cuja voz não se faz escutar. 

É oprimido o migrante que olhamos com desconfiança e receio, apesar de lhe devermos as tarefas mais árduas ou penosas e que passámos a desprezar. 

É oprimido o pobre a quem tantas vezes ignoramos as circunstâncias e os abismos em que se encontra de angústia e de falta de saúde mental. 

São oprimidas as comunidades do interior, as vilas e aldeias a quem os fogos do verão e do outono devoram a esperança. 

São oprimidas as famílias que vivem sob o jugo das dívidas que contraíram e das taxas de juro que agrilhoam a sua esperança num futuro melhor. 

São oprimidos os milhares de jovens à procura de casa por um preço compatível com os rendimentos do seu primeiro emprego. 

Continuar...
 


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